Proposta que pleiteia adicional de duas parcelas do seguro desemprego é acolhida

Proposta do Governo da Bahia, que pleiteia o pagamento adicional de duas parcelas do seguro desemprego para trabalhadores demitidos da Vulcabras/Azaleia, foi acolhida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). O assunto foi discutido durante reunião do conselho realizada nesta quinta-feira (13), em Brasília, com a presença do secretário do Trabalho da Bahia, Nilton Vasconcelos.

Tanto o ministro do Trabalho como os conselheiros do Codefat mostraram-se sensibilizados com a situação do polo calçadista do sudoeste baiano. Apesar de o pagamento adicional ainda não estar oficializado, acreditamos que teremos êxito no nosso pleito”, disse o secretário.

Segundo informou Vasconcelos, o MTE ficou de fazer uma análise mais detalhada da situação para ver qual seria a abrangência do público a ser atendido pela medida. Ele acrescentou que o detalhamento deve ser feito na Resolução que oficializará o pagamento adicional aos trabalhadores afastados. Conforme informou, o próprio MTE sinaliza que a resolução pode ser publicada antes da próxima reunião do Codefat, prevista para o primeiro trimestre de 2013.

Mais R$ 3,5 milhões - Estimativa feita pelo Sindicato dos Trabalhadores do setor calçadista de Itapetinga e região sugere que pelo menos 80% dos 3.500 trabalhadores que serão demitidos têm direito ao pagamento de cinco parcelas do seguro desemprego (aqueles com mais de dois anos de empresa).

Com o pagamento das duas parcelas adicionais, estimamos que cerca de R$ 3,5 milhões serão injetados na economia local”, observou o secretário. Nilton Vasconcelos disse que também será objeto de análise pelo MTE, a solicitação da categoria, pedindo para estender o benefício adicional aos trabalhadores afastados no ano passado e receberam a última parcela regular do seguro-desemprego em outubro último.

A liberação de duas parcelas adicionais para os trabalhadores da Vulcabras/Azaleia da região sudoeste foi defendida desde o primeiro momento pelo Governo da Bahia. O assunto foi tratado pessoalmente pelo governador Jaques Wagner com a presidente Dilma Rousseff e com os ministros Guido Mantega (Fazenda), Brizola Neto (Trabalho) e Fernando Pimentel (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).